É fim de ano, para a maioria, pelo menos. Na verdade, para a civilização ocidental é fim de ano para todo mundo e ponto final. Seja você judeu, árabe, islã ou persa, se moras em algum país ocidental, a diferença entre eles são de meros fusos horários. E como somos todos brazucas, é, sim, fim de ano. Não há argumentos contra fatos e, quando há, são normalmente inúteis.
Mas meu pensamento é um pouco diferente sobre ciclos anuais.
Como já disse antes, é fim de ano e ponto final. Só que o que percebo é que essa coisa de fim de ano é como se fosse uma passagem para muita gente. Algo como renovação, encerramento de uma fase para se iniciar um novinha e não cometer os mesmo erros. Tem gente que realmente acredita nisso, mas para mim isso é pura auto enganação. A única diferença entre a noite de 31/12 de um ano para o dia 01/01 do ano seguinte é que milhões (quiça, bilhões) de pessoas comemoram essa mudança de ano. Esqueça a alteração de calendário e outros pormenores que nem merecem menção e nada passa de mais um costume (ou convenção social) que foi passado entre gerações e que pouca gente sabe realmente o porque comemora (uma busca rápida no Google e verão que até sacrifícios de animais eram feitos e que as promessas que as pessoas fazem hoje tem uma origem interessante). Mas a origem da comemoração de ano novo não é o que eu quero falar. Eu quero dizer que essa "passagem" é meramente simbólica e que, provavelmente, os fatos, que são contínuos nas vidas das pessoas não cessam ou reiniciam automaticamente do dia 31 para o dia 01. Os problemas continuarão a existir - e, em certos casos, até piorar.
Outra coisa é desejar "feliz ano novo" para seu colega de trabalho, pai, mãe, namorado (a) ou irmão. Caso venha ter alguma separação sentimental ou espacial que incorra que vocês não se vejam e não acompanhem diretamente a vida de vocês, é insano desejar isso, já que todos estarão juntos construindo o "novo ano". É mais lógico ligar (caso esteja longe) ou falar diretamente desejando que todos vocês façam bons "trabalhos" para o que o "ano novo" seja realmente novo e agradável. Entende o que eu digo? É como se despedir de alguém que vai pegar carona com você logo em seguida.
Não estou dizendo que o Réveillon é ruim ou que eu não goste. Pelo contrário, é uma boa desculpa para gastar dinheiro e viajar para lugares bacanas. O que me estranha é essa sensação maluca que o Réveillon é quase um portal mágico que nos transporta de um universo para o outro.
É por essas e outras que eu conto o "meu ano" a partir do meu aniversário. Faço isso desde os 20 anos (tenho 25, hoje) quando um colega, em vez de me desejar feliz aniversário (que também acho insanidade caso quem esteja te desejando isso esteja perto de você), me desejou "feliz ano novo". Na hora eu achei estranho, mas fez bastante sentido depois que eu pensei a respeito. Aquele colega que não me via há tempos (e que não viria ver depois também) sabia que a lacuna de encontros continuaria e ele não estaria perto para poder acompanhar "meu ano novo", então ele me parabenizou desta inusitada forma. Fez sentido (para mim). Os problemas, assim como no Réveillon não vão parar, reiniciar ou simplesmente piorar. Mas, para mim, o impacto de envelhecer e perceber quanta coisa foi perdida, não foi tentada ou ainda falta ser feita, me leva (e espero que o leve também, caro leitor ou cara leitora) olhar mais seriamente para tudo isso e considerar esse "ciclo anual pessoal" mais seriamente do que qualquer outro. E mudar!
Mas para não deixar esse (exótico) post muito reflexivo, eu o findarei com um clichê barato contrastar:
O Blog do Maomé deseja um feliz 2013 para todos! =)
Ano que vem (semana que vem, uau) tem mais!
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