25/05/2012

Romantismo corporativista.


Sou um romântico. Ou ao menos, na vida pessoal, eu tento bastante - minha senhora que o diga. 
Mas eu me refiro a um romantismo diferente: o corporativo.
Não sei explicar muito bem, mas adianto que não tem nada a ver com trabalhar somente por amor (abnegação) em detrimento ao dinheiro. Não é isso. Amor não paga contas. Eu sou bastante capitalista.
Mas sou daqueles profissionais que trabalha diariamente para merecer o salário que recebo e ganhar méritos para ganhar mais. Meu foco é sempre ter mais experiência, conhecimento e dinheiro. 
E vou até a exaustão. Workaholic. E faço isso pelos motivos acima e por que penso que todo profissional deveria ser assim. Mas não funciona desta maneira.

Vejo muitos profissionais medíocres. Fazem o mínimo para ganhar seu salário e menos ainda para ganhar um aumento. Não há paixão! Não me refiro à paixão pela empresa ou aquela lendária lealdade à corporação, mas a paixão ao próprio talento e ao propósito maior de ser ótimo!Vejo pessoas moribumdas em frente aos seus computadores. Conheço caras que respeito e com talentos gigantes,mas que agem com desleixo e descompromisso que não consigo compreender como conseguem conviver consigo próprio.

Fico arrepiado quando escuto: "Daremos àquele profissional um bônus de R$ XXXX para ele fazer tal trabalho." Então eu penso: "ele vai receber a mais por algo que ele já tinha de fazer com o salário que já ganha para ser o mínimo do bom profissional?". Desacredito de meus ouvidos. Quando ouço isso para mim, eu consigo ficar ofendido.
Mas isso tudo só deve funcionar assim na minha cabeça - ou, como já disse antes, na mentes de poucas outras "solas de sapato". Não é atoa que brincam que o principal orgão do ser humano é o bolso. E quando esse orgão é afetado positivamente (mais dinheiro) é incrível como a performance aumenta e a empresa compra o brilho nos olhos que deveria ser combustível natural e diário. 

Não culpo as empresas (nesse ponto de oferecer "extras" ou bônus para conseguir resultados mais rapidamente). Elas gastarão para ter uma resposta artificial, mas os lucros posteriores serão bastante reais. Penso que uma empresa que realmente se importa, não gostaria desses efeitos, mas a sobrevivência da mesma sobrepujará essas questões sentimentais.
Mas culpo os (maus) profissionais. Pois há os bons profissionais, mas não românticos. Que são quase iguais a esses últimos, mas são mais pragmáticos na maioria do tempo.

Sedes o melhor. Se você é como eu e sua empresa não é "apaixonada" por você, está na hora de procurar um outro "amor". Eu clamo ser romântico. Mas alguns me chamarão de ingênuo.



Um comentário:

  1. Como diz o Prof. Marins: quem "passa a mão na cabeça" dos incompetentes, ofende os competentes.

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