08/05/2011

Como destruir uma grande distribuição linux: Unity


Há quase uma semana eu voltei ao mundo Linux com a minha distruição favorita e indiscutível: o Ubuntu (pronuncia-se uBUNtu, mas isso é o de menos). Há algumas postagens atrás eu postei sobre o GNOME 3 quando ainda não havia decidido, de fato, se o Unity entraria no Ubuntu 11.04 como titular. 
Bom, para quem não instalou ou não atualizou ainda, e não quer largar o GNOME, não o faça (não que você não possa utilizá-lo ainda, mas o padrão mudou). Muita coisa boa veio, mas o pior não esqueceu de dar as caras.



O Unity faz você se sentir usando um tablet, mas sem o "touch screen", claro. A interface é bonita e prática: o ícones são vívidos e claros na área de trabalho e a busca com o botão windows (se você tem esse tipo de teclado) lembra a facilidade da busca iterativa do Seven. Pronto, para mim acabou. 
Se você é um cara que sempre usou Ubuntu ininterruptamente em sua vida pode não ter tantas dificuldades em achar um determinado menu em "Places" ou "System Configuration" e como você tem tudo decoradinho na cabeça vai pressionar a tecla windows, escrever o que você quer e um abraço. Ok. E eu? Que já tem um tempo que não vivo no mundo livre. E outrem que nunca viu na vida e resolveu tentar, achando que será mais produtivo, limpo e rápido? Bom, esses devem ficar frustrados ou correr para outras distribuições ou ainda voltar triste para os grilhõs do Windows.

O que mais me entristeceu (e perplexou-me) foi ver um linux dar crash! A última vez que vi isso acontecer foi lá meu postei sobre o GNOME 3quinto semestre de computação (há quase três anos atrás - o tempo é uma vadia) quando eu trabalhava com programação em placas de vídeo e enchi a memória do sistema: ele travou (acreditem) e tive de reiniciar a máquina.
Ao tentar fazer minhas habituais customizações na interface gráfica e efeitos com o compiz, algumas delas fizeram a barra superior sumir, dar crash no terminal e até desativar o Unity sem ter a condição de refazê-lo (tive de reiniciar o Ubuntu em "recovery mode" para resolver). Aí pensei nos mais absurdos possíveis para justificar o meu queridíssimo Ubuntu estar passando por essas dificuldades: "estou com a versão 64 bits", "o driver da NVIDIA nunca foi tão bom assim" e outros absurdos mais. Doze segundos depois eu me desmenti e lembrei que sempre tive essa arquitetura e NUNCA tive problemas como esses com o GNOME para custumizar minha área de trabalho.

Ademais, a galera da Canonical continua perseguindo o pessoal de Cupertino: além dos controles de janelas estarem do lado esquerdo (isso já vinha de antes), agora as janelas ao serem maximizadas aproveitam a barra superior para alocar os menus e opções várias outras coisas que prefiro deixar vocês instalarem e descobrirem. 
Sinceramente, eu acho que não é ruim espelhar-se em boas ideias. O Mac OS X é um ótimo SO e se destaca pela solidez, beleza e proposta minimalista. 
Mas daí perder a originalidade já acho que é fugir da proposta de inovação do mundo linux.

Enfim, deixa eu voltar aqui para meu bom e velho GNOME.

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