15/11/2010

Kinect e a criança com autismo




De todas as recentes notícias do Kinect, que falam do primeiro acidente, ou então do concurso para conseguir hackear o aparato para testar a segurança, ou que as vendas iniciais estão muito bem, uma notícia que fala sobre sua facilidade de uso se sobressai.

John Yan, dono do portal Gaming Nexus, não estava com a menor vontade de comprar o Kinect, já que não ficou impressionado com a habilidade de se jogar sem o controle. Ele foi em frente e comprou mesmo assim.

Enquanto ele testava a nova tecnologia, seu filho de quatro anos ficou muito interessado em jogar o Kinect Adventures, porque a caixa parecia divertida. Mas o filho dele tem autismo, e sempre quando tenta jogar qualquer jogo, o garoto fica frustrado em ter que usar o controle, o que não é fácil para ele. Mesmo repetidamente falando “Papai, eu quero jogar com você”, o que acaba acontecendo é que seu filho sempre fica assistindo seu pai jogar. Até que eles conseguiram o Kinect.

Depois de colocá-lo para jogar o primeiro minigame, John ficou muito feliz de ver seu filho se divertindo com Kinect Adventures. A declaração dele é incrível:

“Ele pulava por todos os lados e balançava seus braços e pernas tentando socar as bolas de volta nos blocos. Era muito legal de ver, mas o que realmente me deixou impressionado foi quando o jogo acabou. Meu filho pôde navegar pelos menus sem o menor problema.”

“Eu dizia ‘segure sua mão e coloque no botão’. Sem hesitação, ele levantou sua mão e moveu em cima do botão na tela, e segurou até a animação circular terminar, indicando que o botão foi pressionado.”

“Depois desse ensinamento inicial, ele continuou explorando todos os menus sem praticamente qualquer direcionamento meu. Eu simplesmente fiquei parado e impressionado com o que eu acabei de ver. O time de design da Microsoft fez um trabalho tão bom criando uma interface de usuário com o Kinect que meu filho conseguiu navegar por cada menu para ir ao próximo round em Rally Ball. É intuitivo o suficiente que eu mal precisei ensinar meu filho de quatro anos com necessidades especiais como usar o menu.”

“Pela primeira vez, eu pude jogar algo com meu filho e não passar tempo algum com ele ficando frustrado por não conseguir fazer nada, ou ter um personagem travado numa tela. Ele se divertiu com todos os jogos e de fato se deu bem em todos eles. A alegria nos seus olhos enquanto ele era capaz de completar as tarefas e se mover pelos menus é algo que eu nunca vou esquecer.”

Via The Escapist


Li daqui.


Qualquer comentário que faça aqui sobre um fato desses, não conseguirá descrever a minha emoção quanto ao ler uma notícia como essas. Muito bom! Muito bom mesmo.
Seria aí uma nova abordagem de (re)inserção de pessoais especialíssimas na sociedade? 
Não deixa de ser uma tecnologia voltada para a ação social.

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