13/10/2013

7 dias sem smartphone


Entre os dias 29 de setembro e 6 de outubro, fiquei sem smartphone. Isso não é nada demais, claro. Isso deve acontecer (imagino) com muita gente. Mas para estas pessoas deve ser um acontecimento comum, mas não para mim. Embora tenha vivido boa parte de minha vida sem um smartphone, desde o dia 11/12/2010 que eu possuo um e, nem por um dia, fiquei sem utiliza-lo de alguma forma. Vendi, com um certo pesar, devo acrescentar, meu iPhone 4 no dia 29 e, até o dia 6, fiquei, praticamente, incomunicável através do celular (o "furreca" não conta, pois quase ninguém sabe o número) e sem utilizar qualquer "facilidade" que um telefone desses possa oferecer. 

A experiência foi...


Muito boa! Eu não tenho essa vida "telefônica" atribulada, então não fez muita diferença para mim. De fato, até ajudou. Eu estava em meio a escrita do pré-projeto do mestrado e serviu demais para eu "ficar em paz". Claro, senti falta de poder falar melhor com a mãe, mas como foi por pouco tempo. Todos sobreviveram. Mas isso não foi o melhor.


Eu tenho certa aversão a comunicadores através do celular. Para enumerar alguns: Facebook Chat, Hangouts, Whatsapp (sim, ele também), Viber e até o SMS. Por quê? Não é possível construir uma argumentação mínima para desenvolver uma conversa significativa, sem que você (ou seria somente eu?) se canse ou antes de responder a outra pessoa mande mensagens perguntando o motivo da demora da resposta. Sinceramente, eu não tenho paciência (ou habilidade) para escrever através desses comunicadores, assim as minhas respostas se resumem a monossílabas, "smileys" e frases curtas. Como cereja do bolo, eu ainda sou taxado de frio ou desatencioso, pois eu "não falo muito". Então imagine a minha felicidade em não ter de utilizar, ao menos por um tempo, essas "coisas". Ah, e de novo: ajudou demais na escrita do meu pré-projeto, pois a quantidade de interrupções diminuíram bastante (de ligação eu sou pacato, mas através da rede eu tenho certa "vida digital" atribulada). 

Nem nos momentos que, teoricamente, um smartphone é mais usado, eu senti falta. :D


É possível, talvez, que eu tenha entrado nesse estado de "paz", pois sabia que era temporário. Mas ao menos percebi que, apesar de todo esse tempo usando meu (ex) smartphone, eu não me tornei um escravo dele.


Mas tenho de admitir que senti falta de uma coisa: minha conta no Spotify. Meu caro leitor ou leitora, está aí uma coisa que gosto bastante de fazer: ouvir música. E no carro, então, é meu local preferido. Nesse quesito, foi sofrimento puro. Não uso CD's há anos (bem antes até de ter um smarphone) e o som do meu carro é (de liso) "minimalista" e não tem leitor USB. Tive de sofrer a semana inteira com o silêncio ou a Jovem Pop Pan. 

Fora isso, foi uma memorável, semana. Me lembrou os finais de semana em que ia para o interior da Bahia e que a operadora que uso não tem sinal (se bem que ela não tem sinal em quase lugar nenhum ~~). 

Minha mente fazia silêncio e eu somente escutava o som dos meus pensamentos.

Ps.: Como vocês perceberam, foi somente uma semana. Infelizmente, a sociedade que nos inserimos nos pede que fiquemos o máximo possível "conectados", embora eu sugira que procurem diminuir essa dependência. O novo smartphone chegou. Mas isso, é para outro post. ;)

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