O principal fundamento do conceito de redes sociais é compartilhar. Compartilhar o que quiser: pensamentos, filosofias, anseios, fotos, vídeos, corridas, interesses pessoais, profissionais, dentre outros. Essa é a essência.
Mas, insistentemente, diferentes redes sociais persistem em aparecer oferecendo, somente, uma interface com o usuário diferente e um pseudo-foco para nomear-se específica para isso ou aquilo. Alguém me diga qual a diferença de propósito entre o Orkut e o Facebook? Absolutamente nada. Ambos servem para a mesma coisa, mas a "hype" dantes com o Google agora está com o Facebook - muito por causa disso e pela péssima experiência de uso do Orkut. Não vou nem discutir coisas como o Badoo (ganhou fama de "rede social das orgias") e Hi5 - nada contra, mas são calda de chocolate em bolo de chocolate.
E nestas últimas semanas quem apareceu? O Google+. Quem acompanha este blogueiro amador (mas apaixonado pelo que faz) sabe que sou fã de carteirinha do Google. Mas nem tudo o Google acerta.
O Google já atirou (e continua atirando, só que bem menos) para todos os lados. Lembro do falecido Wave, que prometia revolucionar nosso email e do zumbi Buzz que chegou um pouco atrasado - se tivesse vindo bem antes do Twitter e com uma interface mais amigável, seria o "boom" de hoje. E o Orkut vai no mesmo caminho. Mas pelo menos esse já foi sucesso por muito tempo.
Agora o Google tenta recuperar, com o Google+, o êxodo que ocorreu de sua amada rede social para o quase bilionário Facebook. Sinceramente, acho a ideia do Google+ muito melhor que a do Facebook. O Google aproveita a sua onipresença na rede mundial para incrustar seu "+1" alcançando a mais simples maneira de compartilhar conteúdo. Não há "Like" que alcance a permissividade do "+1". A ideia é sensacional e compartilhamento, a tal essência das redes sociais, chegaria ao ápice. Infelizmente o verbo "chegar" está no futuro do pretérito.
Os engenheiros "googolianos" pensaram em tudo: circles (mais fácil de agrupar seus amigos e visualmente mais agradável que o péssimo recurso de grupos do Facebook;, hudles (igual ao recurso de skype do Face) e compartilhamento intrínseco do "+1" diretamente para a "stream" de seus contatos. Pensaram em tudo. Na verdade, quase tudo.
Faltou eles se perguntarem ou, quiçá, perguntarem aos usuários se eles querem compartilhar conhecimento!
As pessoas não querem compartilhar conhecimento - pelo menos 750 milhões de pessoas. Elas não querem compartilhar aquele ótimo "link" que fala sobre Bakunin, como a Hepatite pode ser tratada ou como um Mac OS pode ser instalado em um PC. Não! Elas não querem isso!
As pessoas querem mostrar para seus "amigos" (uma noção perdida pelas redes sociais, mas isso é para outro post) que elas estão tristes. Que elas foram para uma festa e querem mostrar como foi, mostrando suas fotos. Querem compartilhar vídeos seus ou de músicas ou de propagandas. Querem manifestar seus pensamentos filosóficos, xingar, torcer pelo seu time ou simplesmente narrar todo seu dia, semana, mês e ano, desde momentos íntimos a estapafúrdios. É isso que o Orkut fez muito bem antes (e ainda faz para uma parte da população), o Facebook faz tão bem hoje e o Google+ não faz. Principalmente porque esse não é seu propósito.
Ou o Google muda seu foco do "+1" e vira rede social de "amigos", ou apresenta uma maneira inovadora e revolucionária de se comunicar e compartilhar conteúdo ou o Google+ se juntará a seus amiguinhos Wave, Buzz, Orkut e tantos mais.
Um teste rápido. Logo abaixo deste post, tem uma série de atalhos para que você possa compartilha-lo.
Em quem você pressiona primeiro?
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